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domingo, 31 de outubro de 2010

Aula no escuro

Leitores e amigos do Blog Feliz da Vida,
Escrevo no dia das eleições, segundo turno. Com fé em que a escolha nacional seja a melhor para promoção do desenvolvimento econômico e minimização da desigualdade que varre a sociedade. Que a presidente eleita seja mais limpa que a campanha eleitoral e que use a máquina administrativa para o bem da populaçao e não para manipulação e autoritarismo. Minha alegria é saber que independente do ganhador “Tudo está sob o governo da Mente única, Deus” que está no comando desta pacífica e democrática nação.
Vamos aprender com nossos erros políticos, como eleitores vamos  amadurecer, e teremos quatro anos (creio que 8) para acompanhar os passos da nova presidente e ajudar o Brasil com nosso trabalho e vontade, independente se foi o candidato escolhido por nós. Acabou, agora temos que ajudar os eleitos, Governo, Deputados, Senadores e Presidente a fazer o melhor pelo povo.
Algumas formas de contribuir para o progresso do país é apoiar o desenvolvimento dos jovens, ajudá-los a entender o processo democrático, a manipulação da mídia, o perfil social brasileiro e a responsabilidade individual para com o global.
Trabalhamos nas aulas desta semana, em turmas diversas, a democracia, a desigualdade social, as minorias, a diversidade na empresa, a cota para os deficientes físicos e os processos seletivos nas empresas (cujas imagens estarão em outro post).

Recebemos visitas em sala para alegria e desenvolvimento dos alunos que gostaram muito das atividades.
A pedagoga Heloisa Cruz realizou uma aula no escuro que foi diferente de tudo o que os alunos já haviam vivenciado uma vez que foram vendados e desafiados a fazer tarefas comuns.
Realizar tarefas do cotidiano com olhos vendados  objetivou que os alunos sentissem a dificuldade que as pessoas com limites físicos têm e nós nunca percebemos.
Geralmente tratamos os deficientes físicos com preconceito ou não sabemos como agir com eles no ambiente de trabalho ou fora dele. A Heloisa passou dicas de como lidar com um deficiente visual, e contou sua trajetória desde que perdeu a visão e os desafios encontrados para fazer a faculdade.
Geralmente os professores e universidades não estão preparados para lidar com o deficiente, inclusive por não ter estrutura e material em braile, ou adaptados para atender as outras deficiências também.
Os alunos puderam reconhecer que o deficiente tem capacidade para trabalhar nas empresas com competência e não apenas por exigência das leis trabalhistas e o direito a cotas.
Temos que aprender a respeitar os deficientes físicos, perceber que todos temos algum limite em alguma coisa, apreender a trabalhar com os diferentes.

“Recriando no escuro” artigo publicado no jornal Folha de São Paulo no dia 24 de outubro, conta a história de Geraldo Rodrigues Neto que tinha dificuldade para enxergar desde os 3 anos de idade. Em 1990, foi demitido de seu emprego como publicitário por ter sua visão reduzida, e dez anos mais tarde, ficou totalmente cego. Porém, as dificuldades não o impediram, conforme o artigo, de trabalhar e ter uma carreira. Hoje aos 56 anos, dono de agências soma 123 prêmios em trabalhos publicitários e o Leão de Ouro em Canes.
Indico a leitura do depoimento que é riquíssimo em mostrar que a atitude faz uma pessoa, ele diz “ a dificuldade em enxergar nunca foi impedimento para ser o publicitário que sou. Não fiz faculdade. Comecei aos 18 anos como revisor. Depois redator, supervisor de criação e vice-presidente de criação de agência multinacional”.
Como alguém sem ver pode ser publicitário? Geraldo fala “A visão é estética não é externa, é interna. Ainda tenho o registro de um córtex visual. Sei o que é o azul, um preto, um vermelho. Mas não é isso, é sentimento.
Finaliza dizendo que se sente incluído, não acredita na deficiência, e que somos todos iguais.
Quanta visão!

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